Na ideia original deste artigo, pensado para fechar o Mês da Mulher, citaria preparos cujas criadoras têm nome e sobrenome, mas infelizmente não é tão fácil assim, justamente pela falta de visibilidade dada ao trabalho delas ao longo das décadas. Ainda assim, reúno aqui, mulheres que conseguiram seus direitos por suas inovações criativas, além de outros grandes nomes que têm muita relevância.
A famosa torta holandesa (ou alemã), encontrada em diversas confeitarias em vários estados brasileiros, é uma criação de Silvia Leite, dona do café Bruges, localizado em Campinas. A torta foi criada para homenagear uma viagem que a confeiteira fez para a Holanda.
Os conhecidos cookies foram criados pela estadunidense Ruth Graves Wakefield, na década de 1930. Nunca se soube se foi uma receita intencional ou acidente, mas fato é que Ruth soube capitalizar e conseguiu uma parceria com a Nestlé para ter sua receita impressa em todos os pacotes de cookies da empresa. Uma confeiteira com excelente visão de negócio.
Outra americana, Sheila G. Mains, alcançou o sucesso com pedacinhos de brownies. Enquanto as aparas dos brownies (aquela parte das extremidades, que fica mais assada e com tamanhos irregulares) não eram usadas em vendas e sim descartadas, ela viu nisso uma oportunidade. Passou a vender apenas as aparas, com sabores diversos. A ideia deu tão certo que empresas como Brownie do Luiz aproveitaram o conceito.
Por fim, lembro as quituteiras e cozinheiras que praticamente construíram a gastronomia nacional. Como quem cuidava das cozinhas eram as mulheres, devemos à elas praticamente todos os doces brasileiros de gamela, tortas, pratos tradicionais e que repercutem no mundo inteiro. Pode colocar nesse balaio delícias como o doce de abóbora, a pamonha, ovos nevados e a ambrosia